sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Você pode ser o que quiser ser

A resposta é: talvez. Talvez eu tenha esse azar, ou talvez não. Na vida há sempre cinqüenta por cento de chance para cada alternativa. Eu posso ser nada, ou tudo. E você pode chamar de ilusão da juventude, otimismo, ou o que quer que seja, mas eu fico com o tudo. Porque eu, sinceramente, acredito que você é o que você quer ser. Se pensas pequeno, então pequeno serás. Se desejas o que já foi alcançado, o previsível, então é isso o que terás, e nada além disso. Mas eu não, eu nunca fui uma pessoa normal. Eu nunca desejei o comum. eu sempre me senti como alguém que estava sendo preparada para o mundo, como se eu pertencesse a ele, e a mais nada. Isso porque eu tenho o mundo dentro de mim, nada mais justo que esse mundo inteiro me reconheça, assim como eu o reconheço. Eu quero tudo, eu não gosto de limites. Eu quero conhecer todos os lugares que sempre vi na tv. Eu quero conhecer todas as línguas e sotaques e todo tipo de gente, também. Gente. Eu quero viajar e nunca ter uma rotina sempre igual. Eu não me importo de viver quarenta anos apenas, desde que esses quarenta me pareçam como duzentos. Quero viver tudo o que eu tiver pra viver, ser o que eu quis e nunca o que alguém me obrigou a ser. Fazer o que quis ter feito e não como me ordenaram. Arriscar. Ter histórias pra contar, ter do que me lembrar. Do que me arrepender, do que me orgulhar - apesar de acreditar que arrependimentos só vêm por algo que você deixou escapar, por medo ou por qualquer outro impedimento -. Eu quero ter o que a vida tiver pra me dar... e talvez um pouco mais. Quanto às raízes, acho que a vida tomou parte de me desgarrar de tudo. Se você me perguntasse sobre algo que pudesse me fazer pensar duas vezes antes de ir embora, eu não saberia te dizer. Nada. Nada me prende aqui. Eu tenho sonhos, e não existe nada acima deles.

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