segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Quando vale a pena

Sabes quando sabes que valeu a pena? Sabes quando tu te deitas, te pões a relembrar. Te lembras de como choraste, de teu coração ter se encontrado tão apertado. Lembra-te das dúvidas, das esperas incansáveis, da procura por causa do desespero de tê-lo ali. Lembras de querê-lo noite e dia, incessantemente, de estais presa àquele sentimento. Mas lembra-te que o que é angústia, também é o mais saboroso de sentir, entre todos os outros sabores. Então te lembras das boas horas, de não estar só. De risos e risadas e de ir às nuvens ao ouvir certa voz. Pensas no passado, pensas no presente, e se sente satisfeita por ser quem és agora. Por não ter deixado se estagnar, devido ao medo. Por ter jogado o jogo, ter vivido, arriscado. Sabes que valeu a pena quando tens mais coisas boas a te lembrar do que ruins. E, às vezes, mesmo com muitas memórias ruins, talvez ainda tenha valido, nem que seja para te ensinar que não deves mais repetir aquele erro. Vale para te ensinar uma lição que, quem sabe, te guiará durante toda a vida. Vale para aprender. E as boas memórias também ensinam. Tudo ensina, por isso que vale. Vale quando cresces de alma, enquanto ser humano que és. Vale quando, ao fim de relembrar tudo, acabas com um sorriso tranqüilo no rosto. Seja por completude, seja por se dar conta de como a vida é mesmo cínica. De um jeito ou de outro, vale quando sorri aquele sorriso de missão cumprida.

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